Na sessão desta quarta-feira (3), o Líder do Governo na Câmara, vereador Florisvaldo Bittencourt (PT), esclareceu aos comerciantes que trabalham na Central de Abastecimento da Avenida Juraci Magalhães que seu mandato vem-se empenhando há anos no sentido de assegurar uma solução definitiva para este segmento econômico. O parlamentar defendeu os feirantes, afirmando que os mesmos estavam corretos em protestar contra a situação de despejo a que foram subordinados e que é preciso unir forças para ter garantido o direito de continuar comerciando, inclusive para não afetar a economia do Município.

“Vocês estão corretos em reivindicar e em cobrar, mas temos que somar forças. Há dois dias estou aguardando receber informações do governo e não recebi. Mas o prefeito mandou uma carta destacando a importância dos comerciantes, uma vez que a economia agrícola representa cerca de 5% do PIB do município, o que significa em 2014 um total de 210 milhões de reais”.

Segundo Florisvaldo Bittencourt, em 2008 a Ceasa enfrentava uma situação de ‘quase colapso’, o que levou os comerciantes a serem transferidos provisoriamente para o espaço onde atualmente funciona a Central de Abastecimento. “Era uma medida de dois anos que acabou se protelando. Tive a oportunidade de acompanhar o então secretário Miguel Felício a Governador Valadares e fomos buscar o que havia de mais moderno para implantar na Ceasa de Conquista. Aí nasceu o projeto da PPP. Sabemos que os únicos que não são culpados aqui são os comerciantes, mas temos um secretário e coordenador só fazem criar problemas para o Governo Municipal. Quando um secretário diz que os comerciantes são ricos, ele fala porque nunca foi a uma feira”.

O parlamentar falou ainda sobre uma indicação de sua autoria, que está tramitando, e que propõe a desapropriação da área, tornando-a área pública e pagando ao proprietário o valor venal o imóvel. A desapropriação por decreto seria uma medida extrema que garantiria que os comerciantes ficassem mais calmos, e garantiria ainda o abastecimento da nossa cidade. “A Ceasa é uma engrenagem, o pequeno não vive sem o grande e vice-versa. Separá-los é um equívoco, é um erro administrativo. É importante que quem acompanha essa pauta saiba que os mais prejudicados são a própria população. Estaremos buscando uma solução, e desde o primeiro momento quando me apresentei à Associação avisei o que aconteceria”.

Florisvaldo Bittencourt encerrou seu pronunciamento destacando que os comerciantes da Ceasa representam uma receita mensal de 50 mil reais, o que representa um superávit. “De forma indireta o aluguel é pago pelos próprios comerciantes, e isso deve ser debatido. Vamos discutir de uma forma maior, não falando sobre a interdição, e sim sobre o que representa para a economia. É importante que se dialogue com quem conhece o problema, porque nada é maior do que o interesse público. Não estou preocupado com 2016 não, estou preocupado com vocês. Não haverá despejo se depender da Câmara de Vereadores e do meu mandato, e se depender do prefeito”.

Por Flávia Rezende / ASCOMCV