Na sessão ordinária desta quarta-feira (03), o vereador Arlindo Rebouças (PROS) criticou a postura da prefeitura municipal com relação aos comerciantes atacadistas da Ceasa da Avenida Juracy Magalhães. Disse ser inadmissível que uma cidade do porte de Vitória da Conquista, terceira maior da Bahia, esteja passando por um problema tão sério, motivado por uma administração deficitária.

“Infelizmente isso está ocorrendo por descompromisso da prefeitura para com os comerciantes, esse transtorno já deveria estar resolvido não com a construção de uma Ceasa de 70 mil metros quadrados, e sim de 100 mil metros, como a de Belo Horizonte, porque a demanda local requer algo grande, além de termos um número de comerciantes significativo, responsável pela geração de emprego e renda para centenas de famílias conquistenses”.  

Ainda, segundo o vereador, os comerciantes foram enganados e expulsos da Ceasa, com a falsa promessa de que em dois anos a prefeitura construiria um espaço para abrigá-los. “Há tempos denunciamos nesta Casa que aquilo ali era uma bomba preste a explodir, informamos a existência de duas ações tramitando na justiça, uma do Ministério Público, devido às péssimas condições da infraestrutura local, e a outra, do proprietário do terreno, solicitando a reintegração de posse, e nada foi feito. Agora eu pergunto ao prefeito: para onde vão os comerciantes, para a rua, para debaixo do viaduto, para a praça ou vão ocupar a prefeitura para vender os produtos lá dentro”, questionou, aproveitando para criticar o secretário de Administração, Gildásio Silveira por uma entrevista concedida à imprensa. “O secretário insinuou que os comerciantes da Ceasa são ricos, mas ali todos são trabalhadores, ele está equivocado”.

O parlamentar ressaltou também que não entende como um governo que fala tão mal das administrações anteriores permite que os feirantes recebam ordem de despejo. “Isso nunca ocorreu antes, foram as gestões passadas que construíram as feiras do Alto Maron, do Bairro Brasil, do Patagônia e a Ceasa, agora querem resolver o problema dividindo os comerciantes, isso é um absurdo, quando tira o grande, prejudica o pequeno, a Ceasa é uma cadeia em que um depende do outro, daí a importância da união de todos nessa luta, do comerciante ao carregador”.

De acordo com o líder da oposição, a Câmara já criou uma comissão formada por ele [Arlindo], o vereador Florisvaldo Bittencourt (PT) e Gilzete Moreira (PSB), e vai marcar uma conversa entre comerciantes, Câmara e o prefeito Guilherme Menezes. “Nosso objetivo é encontrar uma solução, não queremos culpar secretário, quem contrata e quem demite secretário é o prefeito, ele sim é omisso, negou-se a receber os comerciantes na última segunda-feira (01), o povo pode cantar: Guilherme, o povo tá na rua, Guilherme, a culpa é sua”.

Por Bia Oliveira / ASCOMCV