O vereador Cícero Custódio (PV), na sessão ordinária desta quarta-feira, 20, solidarizou-se com a situação vivenciada pela vereadora Lúcia Rocha (DEM) no último fim de semana, quando foi, segundo relato, agredida por um médico da equipe do SAMU. Para Custódio, o vereador tem que ser respeitado, pois são representantes legítimos da população, escolhido por meio do voto. O parlamentar também fez duras críticas à saúde pública, questionando a distribuição atual dos recursos.

“Eu trabalho há 22 anos na área de saúde e nunca vi tanto desrespeito como está hoje. Principalmente por parte das pessoas que estão ali trabalhando, que acham que o hospital é deles”, afirmou. O edil lembrou que muitos desses profissionais recebem baixos salários, mas que nada justifica uma conduta desrespeitosa.

Investimentos – O vereador questionou a destinação de recursos atual. “Por que se investe R$ 2 milhões em um só hospital? Por que não se investe nos outros hospitais?”, questionou. Segundo ele, tem hospital que está pedindo doações para, por exemplo, manter a alimentação de seus pacientes. “O culpado não é o prefeito. O culpado não é a secretária de Saúde. O culpado é o ministro da Saúde, é o secretário do Estado. Tem que trazer recursos para dentro do hospital. Não se pode fazer investimento em cima de um hospital só, tem que fazer em todos os hospitais”, defendeu, citando hospitais como Unimec, Santa Casa e Esaú Matos que necessitam de recursos.  

O parlamentar lamentou as constantes notícias de problemas na saúde pública conquistense. “Conquista era referência em saúde logo no começo do governo Guilherme Menezes, onde o secretário era Jorge Solla. Hoje a gente vê na saúde pessoas morrendo”, afirmou. Custódio relatou situações vividas pela Comissão de Saúde e Assistência Social: “A Comissão de Saúde vai ao hospital, visita, fazem uma mesa bonita pra nós sentarmos, com cafezinho, falam um monte de coisa para gente. Vai ao Hospital de Base, a mesma situação. E quando é que isso vai parar?”. Para ele, “nós vereadores, temos que tomar uma posição, senão em 2016 o povo vai pra urna e muitos vereadores aqui não voltarão”.