Na Audiência Pública da Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC), realizada nessa segunda (24), em homenagem aos 13 anos da Comunidade Terapêutica Fazenda Vida e Esperança (Cotefave), os vereadores destacaram a qualidade do tratamento oferecido aos residentes e parabenizaram o esforço do Pe. Edilberto à frente da instituição e toda a equipe.

Humanização dos internos - A vereadora Irma Lemos (PTB), disse que estar comemorando o aniversário da instituição é uma grande alegria, principalmente por esta ser uma instituição que promove a tranquilidade a tantas mulheres e mães ao saberem que seus filhos estão sendo atendidos por uma instituição séria e comprometida com a humanização dos internos. Segundo a vereadora, ao ouvir os relatos das experiências dos internos e ex-internos ela vê mais provas da existência de Deus, a quem ela disse rogar para que ajude ao padre e à sua equipe. “Eu peço a Deus que dê forças ao padre Edilberto e à equipe dele”, disse a vereadora. Irma ainda lembrou que as drogas lícitas também levam ao vício e geram sofrimento às famílias.

Colhendo os frutos - O vereador Coriolano Moraes, Professor Cori (PT), iniciou seu pronunciamento destacando a pessoa do Pe Edilberto, “exemplo que merece todo o nosso respeito”. Na sequência destacou que “pelo tamanho da Cotefave, o agrupamento de pessoas ali envolvidas para que os indivíduos tenham esperança, tinha que ser uma audiência pública”. Ressaltou a história da instituição a partir da campanha da fraternidade de 2001: vida sim, droga não! Destacou quatro passos no decorrer dessa caminhada, sendo o inicial “o sonhar, agrupar as pessoas para dar o primeiro passo para as mudanças; o segundo passo é plantar as sementes; o terceiro é dar asas e o quarto é o que faz a Cotefave ao acolher as pessoas: colhendo os frutos”.

“Malucos” da fé - O líder da Bancada de Situação, Florisvaldo Bittencourt (PT) ao parabenizar o Pe. Edilberto brincou, afirmando que esse tipo de trabalho só pode ser feito por “maluco”, reconhecendo também o trabalho de outros padres, presentes no plenário. Segundo o vereador, é através desses “malucos” da fé que projetos como o do centro são empreendidos. Bittencourt afirmou que a Câmara tem muito orgulho das pessoas responsáveis pela Cotefave. “Temos muito orgulho daquilo que vocês representam: determinação, coragem, desejo de enfrentar um problema que não é simples, enfrentar o preconceito”. O edil lembrou que pessoas que sofrem com a dependência química padecem ainda da invisibilidade, pois acabam marginalizados. Para ele, o tratamento oferecido pelo centro é fundamental, pois se estende também aos familiares. Florisvaldo Bittencourt ainda reconheceu o trabalho de outras entidades, semelhantes à Cotefave, que contribuem para o trabalho da gestão pública.

Agir em função do trabalho da instituição - Já Fernando Jacaré (PT), para demonstrar a importância da Cotefave, lembrou que recentemente um representante do Papa quis conhecer a fazenda para ter contato com o trabalho realizado pela instituição. Fernando destacou a importância de não ficar apenas no âmbito da discussão e agir em função do trabalho da instituição, auxiliando através de doações e de outros tipos de contribuição. Ele destacou que a Câmara já doou um carro à instituição para que o trabalho continue sendo realizado e tendo evolução contínua, no atendimento a drogadictos.

Amor, carinho e compreensão - O vereador Antônio Ricardo Pereira, Ricardo Babão (PSL), iniciou seu pronunciamento cumprimentando as autoridades presentes. Isse que teve a satisfação de conhecer a Cotefave na última quarta-feira. “Vi pessoas, até colegas de infância, mas com a satisfação, o esforço a vontade própria para ir se recuperar”. Também citou um amigo que o havia procurado pedindo ajuda. “Ele havia sumido, mas o encontrei na Cotefave”. Destacou que na instituição as pessoas encontram amor, carinho e compreensão. Para o parlamentar, o trabalho do Pe. Edilberto tanto na Cotefave quanto no Hospital Esaú Matos são bem realizados. “Parabéns a Cotefave”. O vereador também destacou o projeto político do município, que “considera o ser humano em primeiro lugar”. Finalizou citando Madre Tereza de Calcutá: “as mãos que ajudam são mais sagradas que as bocas que rezam”.