Imagem Democratização do Estado Brasileiro é tema de Audiência Pública na CMVC

Democratização do Estado Brasileiro é tema de Audiência Pública na CMVC

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05/09/2015 09:00:00


Durante a tarde dessa sexta-feira (04), foi realizada na Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC), uma Audiência Pública para discutir a importância da democratização do estado brasileiro. A audiência foi de autoria do vereador Ademir Abreu (PT), que iniciou os trabalhos agradecendo a presença de todos e ressaltando a importância de se discutir a democratização do país: “Estamos passando por um problema difícil e precisamos arranjar uma forma de solucionar”, explicou. 

Ademir lembrou ainda, que “já tivemos momentos financeiros bem piores que esse que estamos enfrentando hoje”. Ele acrescentou ainda, que “grupos políticos associados a uma imprensa golpista querem provocar uma instabilidade política e uma crise financeira”. O vereador relatou que o PIB do Brasil em 1994 era de U$ 534 milhões e que em 2002 caiu para U$ 544 milhões: “Com o PT o PIB ultrapassou os U$ 3 trilhões, se tornando a sétima economia do mundo”. Abreu lembrou ainda, que em 2014 a arrecadação de imposto aumentou em 6,7% e com isso, “o brasil cresceu com a distribuição de renda mais e mais de 30 milhões de brasileiros subiram para classe media”.

Ele finalizou que o governo do PT investiu e “melhorou a educação, assistência social e saúde. A presidente Dilma dobrou o efetivo da Polícia Federal (PF) para investigar a corrupção e deixou fluir livremente. O que reivindicamos é que a justiça faça uma investigação imparcial”, concluiu.


Representante da Igreja Católica - Marcelo Neves Costa, esteve presente na audiência, representando a Igreja Católica, e afirmou que “a igreja não podia se refutar de participar dessa discussão, que é de imensa relevância para toda a sociedade”. Marcelo disse que após algumas pesquisas à Confederação dos Bispos do Brasil, “percebemos que a iluminação clara da igreja, pela sabedoria da inciclica do Papa Francisco, trago aqui hoje, uma palavra de esperança e paz, para todos os brasileiros, nesse momento conturbado em que vive o nosso país”. Ele afirmou ainda, que a população brasileira reconhece o momento de crise que o país enfrenta: “A realidade é dura e traz problemas que tinham sido reduzido de forma significativamente nos últimos 12 anos. Pagamos pelo alto preco por partidos políticos que adiam as reformas que precisam ser feitas e que trariam justiça social, como as reformas politicas, do judiciário, agraria. A saúde pública esta ruim, a educação inviável e a segurança publica mal”, completou.

Deputado Estadual - José Raimundo, deputado Estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT), parabenizou o vereador Ademir Abreu pela iniciativa da discussão. “O tema proposto pela mesa, é amplo, sugere inúmeras pistas e possibilitaria um grande debate. Mas sabemos que essa audiência serve para chamar atenção para a realidade que vivemos”, explicou. Ele questionou que a mídia e setores do comércio e da classe média têm interferido e influenciado no processo democrático brasileiro. “Pessoas da minha geração, que começou sua militância na ditadura militar, que viu a possibilidade de perder a própria vida, porque se quer podíamos comparecer em reuniões, porque haviam pessoas que te deduravam e muitos foram perseguidos, sabem o que é viver na ditadura, na repressão”, relatou. Ele lembra das conquistas dos brasileiros, a partir dos anos 80 e que garantia, na lei, uma construção da política e da liberdade. Ele lembrou ainda, que hoje, uma determinada classe luta por um gole a presidente Dilma e que isso vai de encontro a legislação. “As nossas instituições particulares, cresceram e se aliaram a grandes grupos internacionais. Já houve um contra golpe, porque perdemos as discussões no lado da cultura, das ideias”, concluiu.

Representante do MST – O senhor Genivan Santos da Conceição, participou das discussões, representando o Movimento dos sem Terra (MST), lembrou que o “atual momento possibilita a reorganização do Estado Brasileiro e dos agricultores familiares; sem essa reorganização, nós iremos perder bastante. É um momento de mobilização em prol da democracia”. Ele relatou ainda, que o MST vem contribuindo de forma significativa, fazendo com que mensagens como a que “esta sendo passada aqui na CMVC, cheguem aqueles que não podem estar presente neste momento”. Geivan lembrou ainda, o processo de caminhada pela paz e a constante mobilização pela paz, principalmente na cidade de Vitória da Conquista. 

O advogado, Rui Medeiros, lembrou que o povo brasileiro desenvolveu um esforço enorme, tanto físico, econômico e de trabalho, do saber da cultura, para “sepultar um dos regimes mais odientos da face da terra que foi a ditadura militar”. Ele disse que “imaginávamos que após aquele momento o Brasil poderia aperfeiçoar cada vez mais suas instituições”. Para ele, a igualdade política era algo que se desejava que fosse parte do cotidiano do Brasil: “Desejávamos que a consulta popular estivesse presente em toda a decisão política, que a regra da maioria fosse a dominante e respeitada e que a voz, o saber e o dialogo oferecido pelas melhorias, fosse levada em consideração”.

O jurista afirmou ainda, que “hoje estamos vendo uma situação em que as simples regras do jogo democrático do Brasil sofrem efetivamente um ataque, por parte de um parlamento e um congresso conservador”. Rui disse não ser contra as reformas políticas nem as mudanças, mas que atualmente, “os controladores dos meios de comunicação, se transformaram em verdadeiros partidos políticos de opinião única em defesa do capita”. E finalizou parabenizando o autor da sessão: “iniciativas como esta, existem para que as regras do jogo democrático sejam atendidas, para que um golpe não se estabeleça. Nesse momento nós temos que gritar, que organizar, que cobrar punição contra o erro, mas não nos limitar ao moralismo da classe media, pois os próprios que denunciam são os corruptores e não tem legitimidade alguma”.


Representante do Kizomba - Mateus Moura relatou que a crise atual é irresponsavelmente alimentada pelos setores “golpistas”, que segundo ele não querem ver o Brasil se desenvolver.

“O país começou a pagar a sua divida histórica com o povo negro após o início do Governo Lula”, afirmou. Para ele, “políticos como Eduardo Cunha, Bolsonaro e Katia Abreu não representam o povo, mas sim defendem setores da mídia hegemônica e os mais ricos”. 

Representante do Governo Municipal – Edwaldo Alves representou o prefeito municipal Guilherme Menezes, e lembrou que a “democracia é extremamente importante e precisa ser defendida porque garante as liberdades e os avanços que ainda precisam acontecer”. Ele lembrou que há setores que querem o golpe, “tem cabeça ditadora e irão buscar de todas as formas derrubar o governo petista, seja pelo uso do congresso, do poder judiciário ou mesmo da força”. Ele relatou toda a história política do país e suas evoluções: “as dificuldades não intimidaram do povo brasileiro. Os quilombos preferiram morre a continuar com a escravidão, a mulher lutou pelos seus direitos, portanto, se temos um povo que luta, a democracia não vai acabar”. Edwaldo relatou que o Brasil é hoje o que é porque sempre lutou pela democracia: “avançamos, da ditadura até hoje, avançamos bastante. Tivemos limitações, mas não desistimos e não vamos desistir”. Ele finalizou afirmando que, “estamos enfrentando uma crise e precisamos dizer não ao golpe, seja ele de que forma for”. 

Levante Popular da Juventude – Larissa Assunção ressaltou a importância da mulher nas discussões sobre democracia. “Precisamos pensar e agir rapidamente. O que está acontecendo em nosso país, não é privilegio só nosso, outros países como a Venezuela passa por problemas como os nossos”, explicou. Ela afirmou que passar por essa crise ajuda a fortalecer diversos seguimentos: “são três crises, a política, financeira e social e não é a primeira vez que passamos por isso”. Ela relatou cada uma das três crises e como o Brasil já enfrentou cada uma delas em tempos passados. “Sabemos que a política de neoliberalismo que a presidente Dilma vem fazendo não é o melhor caminho. Corte de gastos e aumento nos juros, não vai resolver”. Larissa questionou ainda o posicionamento das grandes mídias e relatou que é preciso desenvolver ações para solucionar o problema de crise no país.

Elias Dourado se declarou feliz por poder participar da sessão discutindo a democratização do Brasil: “ Vitória da Conquista se destaca por ser uma cidade democrática e tenho orgulho dessa cidade”.  Ele destacou três pontos: “precisamos qualificar o sentido democrático brasileiro. Em 2002 o Brasil viu uma democratização social nunca visto antes”. Outro ponto tratado por ele foi o posicionamento da mídia em relação da mídia. “A mídia tem manipulado a população, que tem visto nos meios de comunicação o Governo ser desfigurado”. Ele discordou da representante do levante popular:” A presidente Dilma não vem fazendo uma política neoliberal e podemos debater isso aqui também”.  Dourado concluiu afirmando que “considera que é preciso avaliar os equívocos e os erros”. 



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