Foi realizada da manhã dessa sexta-feira (04), na Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC), uma audiência Pública sobre a Democratização do Estado Brasileiro, de autoria do vereador Ademir Abreu (PT), que agradeceu a presença de todos e abriu espaço para que a população desse seu posicionamento sobre o assunto.

O Professor João Paulo começou falando que a democracia é um processo histórico e que não passa de discurso. “Nunca tivemos uma sociedade totalmente democrática. Inicialmente temos apenas dois momentos, do ponto de vista histórico, que são realmente democráticos: a Bíblia e Canudos”. O professor acrescentou ainda, que para que a democratização aconteça de fato “é preciso trabalharmos juntos. Essa democracia é o socialismo, é um processo longo. O que vivemos hoje, é muito maior do que se imagina. É preciso nos organizarmos”, concluiu.

O senhor José Cerqueira, elogiou a iniciativa do parlamentar e se disse empolgado com as discussões. “Com essa audiência, voltamos ao ano de 64, quando tivemos um golpe e se deu inicio a ditadura”. Para ele, hoje a situação se repete: “Quem chamou as pessoas para irem às ruas hoje foram os mesmos que chamaram em 64. Não podemos esperar que a imprensa, mais uma vez dê um golpe no nosso país”, declarou.

Outro que também fez uso da palavra foi Dirlei Bonfim. Para ele, “a democracia é de fato uma construção permanente. Há mais de 20 anos percebe em sala de aula que a educação está passando por uma degradação”. Dirlei disse ainda, que “a família também está passando por uma degradação ética e moral, formando indivíduos com esses valores degradados, que frequentarão as escolas, que não conseguem oferecer sequer educação acadêmica”. Ele se remeteu a dois pensadores brasileiros: Clovis Barros Filho e Mario Sergio Cortela e afirmou que “quando se levanta a questão da mídia, há toda uma geração de pessoas alienadas”.

A participação da população foi encerrada com um questionamento feito por Benjamim Nunes, bancário aposentado, que também parabenizou a iniciativa da audiência e questionou: “É do conhecimento de todos nós, que essas manifestações partem de pessoas que querem desgastar o governo. Constitucionalmente é possível um impeachment contra a presidente Dilma?”.