Foi realizada na noite dessa quarta-feira (23), a sessão itinerante no distrito de Cercadinho, realizada pela Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC), na Escola Municipal Rui Barbosa e contou com a participação de líderes comunitários e demais moradores da região.

Celso França, morador de Cercadinho, foi o primeiro a fazer uso da tribuna livre e aproveitou para ressaltar a importância da CMVC estar realizando a sessão na localidade. “Isso fortalece a noção de democracia para o nosso país e principalmente para nossa cidade, mas nem sempre podemos nos deslocar até a Câmara”, justificou. Celso relatou duas grandes necessidades da comunidade: “Aqui falta água e segurança”. Ele afirmou que  a falta de água já é considerada “crítica”.

A moradora do Distrito de Cercadinho, Sueli Fernandes Santos, disse que o problema da água na localidade é crítico e pede que alguém tente solucionar o problema. Destacou que há famílias na região passando muitas necessidades, tendo falta de alimentos. “Tentamos ajudar de alguma forma”. Ela pediu ajuda aos parlamentares para realizar uma festa de réveillon no Distrito, com o objetivo de arrecadar alimentos. “Se alguém mais me ajudar, agradeço”.

A água também foi uma cobrança da estudante Jéssica Almeida, que representou os alunos do sétimo ano do Escola Municipal Rui Barbosa. Na oportunidade ela leu uma carta para os vereadores, solicitando e relembrando a importância da água para a população. Por fim, a estudante cobrou ainda, a cobertura da quadra poliesportiva: “não podemos usar a quadra porque o sol é muito forte”, relatou.

Liomax Brandão (Peu) disse que foi surpreendido pela arrumação do Distrito de Cercadinho. “Há o problema da água. Também é a ambulância necessária”, explicando que á a localidade mais distante do centro de Vitória da Conquista. “Os partos são feitos parteiras”. Frisou a necessidade de mais segurança na região. Salientou que pouco antes das eleições, passaram máquinas nas ruas para resolver o problema da água. As obras eram para ser entregues em janeiro, mas não foi concluída. Enfatizou que foram feitas promessas de internet, celular, banda larga, barragem “e até agora nada”. Disse que a comunidade está de olho. “A política tem que alternar, se não vira círculo vicioso. Bom que a mudança aconteça”. Finalizou parabenizando a Câmara Municipal que tem cumprido o seu papel.

Aliomar do Prado, mais conhecido como Mazinho, relatou sua história em cercadinho, quando ainda era um povoado isolado, sem escola, posto de saúde e qualquer outra estrutura básica. “A água antigamente, quando se quebrava uma bomba, levava 6 meses para se resolver o problema. Hoje temos uma barragem perto que ainda ajuda, mas temos o problema de segurança e de saúde”, justificou. Ele completou dizendo que “quando a população aumenta certamente aumentam os problemas”. Por fim parabenizou a atual administração municipal pelo trabalho que vem sendo realizado em prol da população.

Gleiciane Oliveira Rocha iniciou afirmando ser moradora na localidade há 06 anos. Frisou que é necessário “viver do presente e do que necessitamos hoje”. Afirmou que o problema com água é muito sério. Também destacou a falta de ambulância na região. “Há pessoas que não tem carro, não tem transporte”. Salientou que “precisamos de trabalho para jovens. Estamos perdendo nossos filhos para São paulo, Salvador, Conquista porque não há oportunidade de trabalho”. Sobre a creche, questionou se é para empregar as pessoas de Conquista. “Aqui há pessoas capacitadas e é preciso ser visto o concurso que foi feito”. Elogiou a educação e saúde na região. Finalizou solicitando que seja dado um olhar para os jovens da comunidade.