O vereador Arlindo Rebouças (PROS), Líder da Bancada de Oposição, apresentou uma denúncia que aponta um suposto esquema na licitação do transporte público envolvendo a empresa Vitória, uma das vencedoras. O relato ocorreu na sessão ordinária, desta sexta-feira (09), da Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC). “Por que a Vitória ofereceu R$ 37 milhões pela outorga do transporte coletivo? Agora eu estou sabendo. Segundo uma informação que recebi, é porque tinha um acordo com o município, eles vão dizer que não tem, que posteriormente eles [a Vitória] entrariam na justiça pedindo uma compensação financeira pelo desequilíbrio da empresa que houve nesse período e que o município concordaria com esse desequilíbrio financeiro, que ficaria em torno de R$ 40 a R$ 60 milhões. E se a Vitória ganhar, por tabela, a Serrana também ganha. Aí será contratado um perito, que será assessorado pelo consultor da Vitória, chamado Claudinei, para que faça esse laudo dando direito a empresa a essa recompensa financeira”, detalhou.

Arlindo afirmou que, “ao invés da empresa pagar os R$ 37 milhões, é o município que vai ficar devendo a empresa”. O vereador solicitou que a denúncia seja registrada em ata. “Vamos acompanhar o desenrolar desse processo, porque é gravíssimo. O município teria um prejuízo em torno de R$ 80 milhões. Só agora as coisas começam a se encaixar”, falou. Ele também informou que a empresa alugou um espaço perto do Anel Viário. “Têm cinco ônibus da empresa, inclusive com elevador”. Segundo ele, credores da empresa que tentaram apreender os veículos foram impossibilitados, porque a Vitória os teria depenado. “Quem quiser ir, eu levo lá”, falou.

Para o vereador, o que acontece com a empresa só tem uma explicação: “Participação, na pior das hipóteses, do governo municipal. Não tem outra explicação. Porque tudo que se fala da Vitória o governo vem defendendo com aquela voracidade enorme”. O edil disse que pedirá, por vias legais, uma investigação por parte da CMVC. “Eu não tenho nada contra a empresa. Eu tenho em favor do município e dos usuários”, encerrou.

Rio Pardo – em sua fala, Arlindo Rebouças, também ressaltou sua participação, como representante da Casa, numa audiência pública, ocorrida ontem (08), na Câmara de Vereadores de Cândido Sales. O evento, que discutiu a situação do Rio Pardo, contou com a participação de vereadores dos municípios de Itambé, Ribeirão do Largo, Encruzilhada e de Cândido Sales, além dos prefeitos de Itambé e Cândido Sales e ainda ex-prefeitos da região. Segundo os vereadores, a principal reivindicação é por uma barragem, prometida nas últimas eleições. “Pagaram R$ 3,5 milhões pelo projeto e até agora ninguém sabe onde está esse projeto”, disse.

A audiência discutiu também a necessidade de revitalização do rio e seus afluentes. “Foi uma reunião muito proveitosa”, detalhou. Ele informou que o próximo encontro será no próximo mês, em Itambé. “Essa Casa deveria comparecer mais firmemente, é importante a presença de cada um de nós”, solicitou. Rebouças esclareceu que cada município impactado pelo rio está criando uma comissão composta por membros do Executivo e do Legislativo e que será feito um documento a ser entregue ao governador Rui Costa.