O vereador Florisvaldo Bitencourt (PT) iniciou seu pronunciamento na sessão ordinária da Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC), realizada nessa sexta (09), dizendo que “alguns blogs da cidade acham que eu tenho má vontade com os hospitais da cidade, e na verdade, não se trata disso, especialmente da Santa Casa”.

Florisvaldo continuou sua fala afirmando que “a Santa Casa mais uma vez utiliza o método repetido de chantegear o governo pelos meios de comunicação”. Ele argumentou que o provedor deu “uma declaração nos últimos dois dias, deixando a cidade sobressaltada, da possibilidade de ter o serviço de obstetrícia suspenso na Santa Casa”.

O vereador declarou que isso não é novidade porque já fez algo parecido com a chamada Alta Complexidade Cardíaca no final do ano de 2013. “Tinha um contrato via ministério de saúde, no valor de 250 mil por mês, para alta complexidade cardíaca. No entanto, a Santa Casa estava cobrando e querendo levar que o Município pagasse 650 mil mês, porque de forma inesperada as pessoas de outros municípios como Luíz Eduardo Magalhães, começavam a passar em Conquista e necessitavam colocar marca passo”.

Para ele, “a Santa Casa utiliza  desse mesmo mecanismo inclusive o mesmo veículo de comunicação que é a rádio do nosso principal opositor, deixando o povo sobressaltado para chantegear os cofres públicos do nosso munícipio, dizendo que a partir do dia 21 vai suspender o atendimento de obstetrícia”.

O parlamentar afirmou “que o provedor tinha que dizer a cidade, e a CMVC tem a obrigação de acompanhar isso, por que Santa Casa não está cumprindo e não está escalando a metade do plantão que deveria ser escalado. Ou seja, durante o dia, metade do tempo não tem plantonista de obstetrícia dentro da Santa Casa”.

Florisvaldo disse que esse é o motivo da queda de arrecadação. “A Santa Casa quer receber dinheiro sem trabalhar. Quer receber recursos sem praticar a clínica médica na área da obstetrícia. Desafio qualquer um da Santa Casa a dizer que todos os plantões estão sendo escalados”.

O vereador também disse que não é correto dizer que o hospital utiliza a tabela do Serviço Único de Saúde (SUS), porque na área da obstetríca tem contrato exclusivo entre a Santa Casa e a Prefeitura.  “Mais uma vez, a Santa Casa utiliza do mecanismo da chantagem, tentando amedrontar o povo, dizendo que vai suspender o serviço de obstetrícia”.

O parlamentar entende “que o provedor quando vem a público chantegear o governo, ele atesta que não tem nada de filantrópica. Ali é uma instituição de interesse privado. Não tem interesse social, só tem interesse econômico, onde se busca ter, arrecadar, juntar valores, somar, atender aos interesses econômicos do grupo que administra a Santa Casa”.

Em suas considerações finais, Florisvaldo declarou que “a Santa Casa procure a Secretaria de Saúde para discutir contrato. Não queira ameaçar a cidade porque eu vou mostrar documentalmente que ela não está escalando os plantonistas e está querendo receber por um serviço que ela não presta”.