Imagem Representantes dos movimentos negros participam de sessão na CMVC

Representantes dos movimentos negros participam de sessão na CMVC

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20/11/2015 21:30:00


Foi realizada na noite dessa sexta-feira (20), na Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) mais uma edição da Sessão Especial em homenagem ao Dia da Consciência Negra. A sessão foi instituída pela Câmara como Lei Regimental, sendo realizada todos os anos, e contou com a participação de diversas organizações sociais, representantes dos movimentos negros na cidade de Vitória da Conquista.

O professor Uelber Barbosa, disse que muitas pessoas falam que o dia 20 de novembro é dia de comemoração, mas explicou que “a consciência negra é sobre tudo mostrar que amor, paz e respeito não tem cor”. E lembrou que a cultura brasileira existe para mostrar isso ao restante da população. Lembrou que os africanos que aqui estiveram e os afrobrasileiro sempre tentaram agregar, unir, por isso temos uma diversidade linda dentro do candomblé, dentro da capoeira, “quem desagrega é o outro”, concluiu.

Ao utilizar a Plenária, Lázaro Vieira dos Santos, Mestre Dendê, afirmou ser um importante momento. Destacou que é “importante que nesse dia os senhores se mobilizem para fazer ações junto a igualdade racial”. Finalizou afirmando que “a igualdade racial vem com muita luta na realização de eventos. Alguns tem preferências e as preferências atrapalham o crescimento do nosso trabalho”.

O Pastor Augusto Lúcio Ferraz disse que “a consciência negra não pode ser apenas trabalhada dentro dos movimentos afro culturais, mas também dentro dos movimentos cristãos o qual eu também faço parte”. Afirmou que realiza um trabalho no Boqueirão, “com a comunidade negra levamos a palavra de Deus, anunciamos que Jesus morreu na cruz para salvar a todos, independente da sua raça, da sua cor”. Declarou que “não temos nada contra as comunidades afro descendentes ou afro divulgadores, porque eu sou afrodescendente e sou cristão”. Finalizou afirmando que “o cristão, servo de Deus, respeita a vontade da população em geral e a diversidade”.

Antônio Santos Ferreira Filho, conhecido como Mestre Acordeon disse que é importante refletir sobre o por que de ações racistas ainda continuam acontecendo. Disse que esse é um momento de desafio para cada uma das pessoas, que precisam se dar as mãos para buscar a igualdade racial e o desenvolvimento de pessoas de bom caráter. O Mestre Acordeon pediu que os agentes públicos voltem o seu olhar para a promoção de políticas públicas voltadas para as matrizes africanas. Ele pediu também que fosse construído em Vitória da Conquista um espaço adequado para a prática da capoeira, que de acordo com ele, forma cidadãos.

Adriano Rodrigues Brito (Dida), falou de um evento ocorrido ontem (19) no terreiro do pai Lôro, onde foi discutido alguns temas sobre igualdade racial. Ele criticou a ausência de autoridades no debate. Rodrigues lembrou que um dos temas debatidos foi a repressão policial que, segundo dados oficiais, é maior contra pessoas, sobretudo jovens, negras.



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